Há posts em que a gente está sem nem querer saber quem vai ler,como vai analisar,os erros ortográficos cometidos,a pontuação mal-empregada...nada disso importa nesse meu texto de hoje.
Tem dias que a gente se sente confuso e triste por motivos profissionais,familiares,algo do tipo...mas,nada que se assemelhe aos problemas relacionados ao coração.Posso falar desse tipo de complicação com o coração machucado,inflamado confuso e ao mesmo tempo aberto à uma palavra amiga e um conselho construtivo,mas que vise meu bem-estar antes de satisfazer um outro alguém,antes de qualquer interesse maior.Uma das coisas que eu ando mais sentindo falta na minha vida é a questão de me ter como foco,de esquecer um pouco mais dos outros e tentar ME satisfazer antes do qualquer outra coisa na minha vida.
Ajudar um irmão,ouvir alguém que anda precisando desabafar,dá a mão a quem necessita e não tem com quem contar é o que há de mais nobre nessa vida medíocre a que nós,seres humanos comuns,somos submetidos.Mas,penso cá eu com meus tão poucos botões...que não se pode ser justo e bom com os outros se não formos,antes,conoscos mesmo,e é isso que anda se tornando cada vez mais dificil de acontecer comigo.Criei uma mania ridícula de ter medo de dar "não's",de exigir aquilo que sei que eu tenho direito,de gritar e pedir ajuda quando eu sentir que eu não consigo mais prosseguir.Esse costumo errado e que tanto me faz mal persiste em ficar ao meu lado sempre e me impede de ser e fazer uma única pessoa,que seja,feliz.
Conhecer novas pessoas é sempre uma coisa boa,principalmente nessa fase da minha vida,mas é algo também muito decepcionante,pois,acabo esperando dessas novas companhias uma coisa que ninguém pode me dar hoje: profundidade,compreensão verdadeira e amor recíproco.
Meu Deus!Quando se é criança,não se entende quando os adultos entendidos falam.."encontrar um amor,é encontrar um tesouro.".Na infância nos parece tão simples achar alguém pra namorar,noivar,casar...e ter um final feliz,mas quando se cresce,feliz ou infelizmente nos damos conta que conseguir um amor verdadeiro,grande,duradouro,recíproco e fiel é uma das façanhas mais complicadas de serem alcançadas por cada um de nós.
Confesso com dor e com muita franqueza que amores como os de antigamente não se fazem mais,que sentimentos puros não teem o valor que deveriam ter,que as pessoas vivem muito mais o "hoje" do que pensam em ter um dia uma casinha branca,de varanda,com um pé de pitanga no quintal dando sombra. Acho no mínimo,de muito mal gosto viver de forma pouco planejada,regrada à poucos sonhos e consequentemente,pouquíssimas realizações PESSOAIS,porque hoje,as PROFISSIONAIS são bem mais cobiçadas.
Desespero em encontrar alguém pra vida toda é uma característica que me pega com frequência;principalmente naqueles dias chuvosos,onde o que de mais de interessante à fazer é deitar,comer pipoca e fingir que está assistindo algum desses programas pobres que fazem parte da nossa programação televisiva.No intervalo de levar cada pipoca à boca,tenho tempo e clima pra pensar que a vida acaba sendo uma coisa pra mim,e outra totalmente diferente,pra maioria.Viver pra que?Frequentar festas?Bares?Conhecer a cada dia e a cada copo de wisky o quanto a vida só me serve pra "viver"?Quando digo "viver" me refiro ao conceito de "vida" que se tem hoje..."beber,cair,levantar.."E entrar na Igrja de branco,de veu e grinalda,com o coração saindo pela boca,contando os minutos pra começar uma nova vida com a pessoa que se ama?Isso não conta?Quer dizer que amores como esse são apenas idealizações de comédias românticas americanas?
Torço pra que a resposta seja não.O que me dói mais não é me questionar esse tipo de coisa e não ter uma resposta pronta ao meu alcance,mas por me dar contar que SÓ eu me pergunto coisas tão infantis --pra alguns--e perco meu precioso tempo derramando lágrimas em prol de amores unilaterais,infinitos e que,assim como entrar na Igreja de veu e grinalda,é tido como um "tanto faz" sem muita importância.
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