sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O ser humano é detentor das mais diversas necessidades. Algumas fisiológicas, de caráter orgânico, sentimental, espiritual e sexual, porém algumas necessidades desse ser são pouco observadas ou, caso contrário, pouco satisfeitas pelos demais.
Comer, descansar, sorrir, ter um amor, ter amigos, ler livros e viajar podem parecer ações essenciais à cada um de nós, mas a carência de reconhecimento, admiração e valorização as vezes é deixada de lado e considerada como uma das últimas coisas que se pode precisar.
Ser bem acolhido, estar num lugar onde as pessoas externam amor e gratidão, ouvir elogios e palavras macias sobre si mesmo são remédios milagrosamente eficazes para o ego e para curar qualquer espécie de dor e desconforto.
Inclusive as complicações e anormalidades físicas podem ser cessadas ou pelo menos, "amenizadas" por boas palavras e atitudes de amor, gratidão, admiração e reconhecimento.
O ser humano necessita ser reconhecido pelo que de bom possui ou faz para que se sinta estimulado a continuar fazendo ou sendo de determinada forma. As coisas boas são ainda mais carentes de comentários e atenção do que, propriamente as ruins.As críticas e opiniões divergentes são armas muito importantes na construção de um fazer bem ou de um ser bem.Mas, o reconhecer e admirar são ainda mais indispensáveis para a continuação dos bens fazer e ser.
Essa história de que é bom arrumar-se pra si mesmo..ser inteligente pra si mesmo...e ter dons e faculdades único e exclusivamente pra si é conversa pra boi dormir. É bom edificar as qualidades pensando em si mesmo, mas é melhor ainda ver essas virtudes reconhecidas e admiradas por mais criaturas e grupos.
Reconhecimento não é questão de vaidade, é elemento de caráter imprescindível na criação de um ser humano seguro, feliz e estimulado ao fazer e continuar fazendo o bem.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A arte de complicar a simplicidade

    Para muitos, o amor deve ser uma espécie de bem-querer infinito, de complacência eterna, de aceitações, de submissão e estado morno permanente. Aquele tipo de relação que sempre é estável, bem feliz, em que todas as peças parecem se encaixar perfeitamente e nada e nem até mesmo um defeito intolerável do parceiro parece sobrar no vínculo amoroso.
    Bem, as vezes penso se sou normal e/ou se pertenço mesmo a esse universo e ainda se compartilho dos mesmos pensamentos e sensações dos demais humanos. Talvez por razão do meu signo-para quem acredita neles- ou mesmo por ocasião do meu temperamento inquieto e carente de renovação, sinto incontrolável necessidade de agitações, discussões, reconciliações e reafirmações de um bom sentimento que une as pessoas.
 Certamente aqueles relacionamentos onde tudo é permitido e certas atitudes indignas são completamente aceitáveis a primeira dedução é que os indivíduos que "compartilham" dessa relação ou querem apenas dela usufruir tempo e diversão ou até nem sentem efetivamente o que dizem aos companheiros de batalha amorosa.
Algumas pessoas partilham não entender meu jeito intolerante e exigente no âmbito pessoal e não necessariamente amoroso, claro. Evito responder a esse não-entendimento precoce com um instrumento diferente deste que por agora vos falo: a palavra. Prefiro usá-la para os fins que mais me interessam e satisfazem.
    Confesso não me sentir a melhor das amantes, uma especialista no assunto, mas sinto que do pouco que já entendi e me conheci, não consigo fingir alegria quando não a verdadeiramente tenho, disfarçar um desgosto com uma make num sábado à noite, nem proferir "eu te amo's" para contornar situações das quais não fui propulsora de real desconforto.
    Por vezes, me pego vazia por dentro, apenas detendo um sentimento oceânico compreensível e o mesmo incompreensivelmente conciliado à uma destruidora sensação de particularidade exclusivamente pejorativa.
Ser feliz com alguém implica em reajustes moderados e dotados de sensatez, assim como dosada quantidade de renúncias e abdicações. Ser feliz conjuntamente não significa anular-se a si mesmo e construir uma interação simplória de crenças, hábitos, feitios e preferências naturalmente diferentes. Quem simplifica em demasia o que é de natureza complexa, acaba complicando o que deveria ser simples demais.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

As pessoas deveriam mesmo,mais ouvir,cada vez melhor e com mais sede, as boas canções.Estou a ouvir uma só,com repetidas voltas e retornos,há dias.Chama-se "por que você não vem morar comigo?" e é de autoria do "grande" Chico César.
Hoje não venho aqui lhes escrever com o intuito de fazer uma daquelas minhas análises sobre a letra e melodia de determinada canção.Apenas venho lhes recomendar a música e dizer que é uma pena,realmente uma pena, perceber que os jovens do nosso país/região ainda conhecem muito pouco de compositores como o referido e se quer demonstram interesse em conhecê-los.
Deixo aqui,pra e com vocês, o que diz a música que me encantou de tal forma que não larga mais da minha mente e coração.


Por que você não vem morar comigo?-Chico César

Por que você não vem morar comigo
Alimentar meu cão, meu ego
Cansei de ser assim, colega
Não sei mais ser só seu amigo
Eu quero agora ser o seu amado
Você me deixa a perigo
O amor me corta feito adaga
Mas vem você e afaga
Com afeto tão antigo

Você não leva a sério o que eu digo
E enche a taça que me embriaga
Me prega em cruz feito jesus de praga
Mas sempre me defende e compra minhas brigas
Não ligo
Se é amor ou amizade vaga
Dizem que o amor a amizade estraga
E esta a este tira-lhe o vigor

Não ligo
Se é caretice ou romantismo brega
Um dia em mim essa aflição sossega
More comigo e traga o seu amor

Adoro o jeito que você me pega
Me chama de meu nego, minha nega
E quando me abraça e eu me entrego
Vem você e diz cuidado com esse apego
Amigos falam que esse mico eu pago
Pois mudo logo quando você chega
E acende a luz, mas essa luz me cega
E abre em rosa a pedra que no peito eu trago

terça-feira, 29 de maio de 2012

Hoje, quero falar sobre um assunto um tanto quando "polêmico", apesar de não gostar muito dessa denominação para temas que mexem com as pessoas.
A bola da vez é alienção religiosa e o quanto tudo e tantas pessoas podem mudar e mudam pelo advento do que chamamos de "lavagem cerebral", dessa vez empreendida pelas instituições religiosas e quem as lidera.
Num dado momento do dia de hoje, num diálogo amistoso e cotidiano sobre música e seus mais diversos tipos e estilos, ouví alguém dizer a seguinte frase: "não gosto dessas músicas do mundo, de nenhuma delas. A única música que me agrada aos ouvidos é a de gênero gospel e mais, apenas aquela referente e pertencente à minha igreja.". Ouvi a anterior afirmação e calada permaneci, acredito ter passado da "fase" em que adorava discutir temas desse calibre e desafiar as pessoas a argumentarem mais e mais, e eu ali, exercitando meus dotes argumentativos com avidez e máximo entusiasmo, sentia imensurável satisfação ao presenciar a desistência do oposto depoente. Atualmente, essa realidade mudou; ressalto que a mudança foi apenas no âmbito real e, portanto, externo; dentro de mim a compulsão pela arte argumentativa só cresce e fica pulsando para desabrochar cada vez mais, mas decidi usar meu sempre presente gosto pela oratória apenas onde vejo que ele se encaixar sem maiores rebuliços.
O objetivo desse meu post de agora não é falar da minha propensão à oralidade, da vontade de argumentação que, por vezes e em determinadas ocasiões preciso conter dentro do meu ser...não!
Preciso que atentem para a seguinte problemática: a religião deve ser caminho, atalho ao Criador; nunca,jamais forma de alienação, instrumento capaz de fechar mentes e em alguns casos,até corações no que se refere ao preconceito religioso.Ter religião e seguir fielmente esta mesma deve nos fazer crescer espiritual, sentimental e porque não intelectualmente?
Quando crença religiosa resulta em diminuição do senso de conveniênciaa e até o senso dos próprias preferências, sejam essas quanto à música, moda e ciências, é a hora de parar e repensar. Se a religião não for colocada em reflexão, que a posição do indivíduo quanto à ela, em algum momento, possa vir a ser.
Não sei se minha opinião quanto ao assunto concorda com muitas outras , mas entendo religião como caminho saudável, como coisa boa, produtiva, somatória e não algo que diminua alguém ou modifique a personalidade desse mesmo alguém. Uma determinada vez disse a uma pessoa  a frase seguinte meio que de forma intuitiva, sem muito pensar: "Você é aquilo que adota como  preferência." Pensando bem vejo que acabei por dizer uma verdade daquelas que chamamos de absoluta; nossas preferências e gostos fazem o ser que somos e constroem nossa personalidade de maneira definitiva.
Deus é mais importante do que tudo, essa é mais uma verdade absoluta que aqui venho colocar, mas pra terminar, os deixo mais uma outra : Nada pode nos fazer desistir dos nossos gostos e preferências porque eles fazem quem somos e são o reflexo das nossas mais profundas decisões.

terça-feira, 22 de maio de 2012

"Eu me vi tão só..."

    Hoje, quero falar sobre uma música que andei ouvindo por diversas vezes e que a letra e melodia pareceram se encaixar perfeitamente. Não é pra menos, a música tem o nome de "Eu me vi tão só" e pertence a  ninguém mais, ninguém menos do que a nosso rei Roberto Carlos.
    A solidão é realmente um dos maiores males que podem ser enfrentados por nós,humanos. Primeiro porque novas doenças, correria e stress são problemas cotidianos e "da moda", como diria um grande professor meu.A solidão não, essa é um mal pertinente à todos e que existe desde que o mundo é mundo e desde que o homem assim o é.
    Engraçado que a solidão, como problema arrebatador não tem uma resolução de fácil controle e acesso.Estar só é realmente um mal- estar difícil de ser resolvido; por vezes pode-se estar rodeado de pessoas de conversa animada e alegria farta, e o sentimento de vazio permanece ali, resistente. Entendo esse paradoxo como o princípio ativo da solidão, o qual só é capaz de resolver a sensação de estar só tendo ao lado a pessoa a que se quer compartilhar a vida. É uma espécie de existência paralela da solidão, como se a mesma tivesse vontade e fizesse exigências próprias, sem consentimento de quem a abriga dentro de si.
    Assim como sentir dor, sentir-se só não é nada agradável e em represália, pode-se querer parecer bem aos olhos do mundo, mesmo sentindo um oco desesperador arrebatar nossas vidas. A persistência em viver do passado e das lembranças dessa época também é característica pertinente à quem se diz "solitário", com a ressalva de que cada um de nós já se sentiu só por algum tempo e se ainda não o fez, a solidão há de chegar algum dia.
    Interessante é que a solidão se confirma à todo momento, sendo ela também auxiliadora primeira no papel de suportar o próprio sentimento de estar só, num trecho da música do Mestre, confirmamos essa afirmação :"eu me vi tão só, enfrentando momentos difíceis de solidão." Nesse caso e em diversos outros do âmbito real da vida e não mais no meramente poético, até para enfrentar a temível solidão, inúmeras pessoas encontram-se sós e a sós com ela.
    Ficar sozinhos ( interiormente) também pode nos fazer bem em dadas situações,mas quando o tempo de isolamente interno ultrapassa os limites do nosso bem- estar o desespero parece bater-nos à porta e derramar lágrimas é ato invevitável.
    O aspecto temporal da solidão também chama a atenção. Quando se estar acompanhado e essa companhia consegue nos adentrar e penetrar verdadeiramente no nosso ser, nos deixando completos e repletos de satisfação, o tempo passa muito rapidamente. Dividir momentos de solidão consigo mesmo é algo tão particular e não condizente com nossa condição humana que, ficar só por horas parece mesmo "viver só", como diz a canção : "...e vivi tão só, procurando no tempo uma solução."
    Para encerrar, chega a doer quando o rei canta.."para esquecer de você, vou tentar outra vez a paz de um novo amor que eu preciso ter,continuo só,mesmo sem querer."


Roberto Carlos-Eu me vi tão só

Eu me vi tão só
Enfrentando momentos difíceis de solidão
Sem ninguém pra me ouvir, e vivi tão só
Das lembranças contidas no meu coração
Sem saber pra onde ir e assim eu chorei
Pois tudo que eu te dei você não entendeu
Continuo só mesmo sem querer
Continuo só tentando te esquecer, te esquecer

Eu me vi tão só
E tentei esconder minha solidão
Mas eu não consegui e vivi tão só
Procurando no tempo uma solução

Pra esquecer de você vou tentar outra vez
A paz de um novo amor que eu preciso ter
Continuo só mesmo sem querer
Continuo só tentando te esquecer, te esquecer

Continuo só mesmo sem querer
Continuo só tentando te esquecer, te esquecer
Continuo só mesmo sem querer
Continuo só tentando te esquecer, te esquecer

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Por que mesmo se sentindo triste,desiludido e desanimado,a gente insiste em continuar?Talvez porque a gente saiba que aquele momento ruim passa..mas,deveríamos querer continuar com um pezinho atrás até porque entendemos também que novos momentos desagradáveis nos esperarão pela frente.As pessoas não são boas.Minto.Se são,não as podem ser.A vida é injusta e cruel.A realidade é difícil e dura e ainda assim batemos na tecla "continuar."Herois de verdade não são os dos desenhos animados,nem os do Big Brother Brasil,somos cada um de nós,que mesmo sabendo de tudo isso,insistimos em continuar.Viva nossa persistência irracional!

terça-feira, 27 de março de 2012

    Eu sei que faz muito tempo que não venho por aqui e peço até perdão aos leitores fieis desta página que é construída com tanto carinho e dedicação.
   Bom,hoje eu tenho muitas coisas pra dizer a vocês,mas antes de fazer isso,queria expulsar de mim a vontade de escrever algo com um nível linguístico alto e também a minha mania de erudição,isso porque,recentemente li em algum lugar que pra falar de sentimentos,a gente tem que se desfazer das palavras altas e tentativas de parecer culto,rs.
   Quem me teve por algum tempo perto ou quem,hoje me tem,pode perceber que eu mudei.Mudei em vários sentidos,mas percebo que não perdi minha essência.Continuo ansiosa,comunicativa,sonhadora,mas parece que coloquei meus pés no chão,embora pense que talvez os tenha firmado demais.
    Para falar a vocês em quais aspectos mudei ao me tornar mais realista e entender o mundo da maneira que ele tem se mostrado a mim,preciso agora me desfazer da hipocrisia comum à todos nós,aquela que nos faz hesitar em falar das nossas dores,decepções,aflições e descontentamentos e querer sempre parecer bem,perfeito e isento de problemas.Depois de o fazer,me permito dá nome aos bois.
    Entendi que escolhas profissionais são compóstas de razão e sonhos,mas que a parte lógica pesa mais.Com isso,pude concluir que sonhos puros,reais e muitas vezes,massacrados por essa nossa amarga realidade,precisam esperar que os desejos "realizáveis" se concretizem.À partir dessas minhas duas conclusões,cheguei à inúmeras outras:
-Ser criança é  um estado de ignorância e felicidade,onde a gente não doi por saber por muito pouco.
-Vocação,dom e gostar de fazer nunca foram e nunca serão prioridades,antes vêm o precisar ser,precisar saber e precisar saber fazer.
-Amigos mais parecem aqueles que te oferecem carona na universidade,que te ligam pra falar da vida alheia e que você não escolhe,eles simplesmente surgem e você é meio que condicionado a conviver com ele.
-Amizades de infância sempre foram as melhores,mesmo quando o ápice da ambição de um amigo era querer começar um jogo de mímicas.
-Há tempo pra tudo: pra ir ao trabalho,pra estudar,pra trazer o trabalho pra casa,pra brigar nas únicas horas vagas por coisas imbecis como esquecer de pagar a conta de luz,pra observar outras vidas e se oucpar falando delas.O tempo pra dividir a vida com quem a gente realmente quer,parece sempre estar em falta no estoque das horas.
-As melhores pessoas,as mais puras e de bom coração parecem sempre estar longe também oucpadas desperdiçando suas virtudes com coisas que poderiam esperar.
-O amor pareceu ficar em segundo plano nas vidas,o relacionamentos sem fundamento,suas traições e desavenças que só interessam aos mais pobres de alma invadiram completamente as telas de cinrma,as letras de canções e até a nova literatura.
-Escrever cartas de amor,fazer uso do telefone móvel pra saber se quem você gosta está bem,se comeu,e mais,se está bem sentimentalmente,parece ser absurdo e coisa remota.
-Não "sair pra pegar geral",não ter facebook,não ter um celular da moda e não morar sozinho,viraram pecados capitais,enquanto que ter família,valorizar valores,gostar de uma pessoa de cada vez e respeitá-la sempre que possível são eventos de outro mundo.
-Deixar de ouvir ritmos de plástico,conhecer não só a obra,como também a vida de figuras como Chico Buarque de Holanda soam como "querer ser intelectual".
-Postar frases de Caio Fernando Abreu nas páginas da web sem sequer saber de quem se trata o autor e o que realmente esses pensamentos querem dizer se tranformaram em atitudes comuns,recheadas de uma hipocrisia que ninguém assume e busca compreender.
-Casamento deixou de ser algo mágico e cheio de fantasias positivas,agora mais parece uma obrigação que nem mais compete à todos,viver uma vida regrada de trabalho,estudo,baladas e bebidas nos fins de semana e feriados se tornou bem mais cômodo.
-Pensar em traição em pleno matrimônio virou regra geral e absurdo se tornou a lealdade completa e total.
-As pessoas são avaliadas mais pelos livros que tiveram que ler pra conseguirem o carro do ano que hoje possuem e abandonarem a leitura de vez,do que pela energia positiva que transmitem e as palavras sábias que adquiriam com as experiências da vida.
-O mundo passou a dar mais credibilidade a quem tem do quem a quem é,aliás,se é o que se tem.
-Ler poesia a tarde inteira pra avó,como eu fazia quando era criança,hoje parece nem  passar pela cabeça de quem ainda é pequeno.
-Ser um "falso crítico",falar que o BBB é uma droga,que as pessoas só pensam em sexo e em bebidas,que o mundo não é mais o mesmo,aquele blá,blá,blá de sempre e ficar de braços cruzados diante de tudo isso é o que há de mais comum.

Essas foram algumas daquelas coisas que aprendi à partir do dia que desci do salto e coloquei meus pezinhos nesse chão duro,sei que coisas maiores e de mais profundidade hão de serem descobertas por mim num futuro não muito distante e vos prometo,as trarei à vocês,nem que seja assim,timidamente,sem grandes pretensões,numas naquelas minhas postagens que mais soam como desabafo do que como orientação.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Doer de novo.

    Amar dói.Só não entendo se o que faz doer é o fato de abrigar o sentimento ou o mecanismo de funcionalidade dos amores nesses dias nossos.Que o amor rege tudo e todos,que é o sentido maior dessa vida e que sem ele ninguém seria capaz de viver, nós ouvimos muito e quase todo o tempo,mas sentir isso é uma outra etapa,ah,e essa..pra mim parece ser a mais árdua.Primeiro,assim como todos,ouvi alguém falar sobre a importância de amar,o quanto isso é importante e antes de tudo necessário à vida,depois amei,amei muito,e mais,e mais ainda,até entender que não tem nada mais bonito nessa nossa vivência do que gostar inexplicavelmente de alguma criatura e se sentir,também,gostado por ela.Essa segunda etapa é linda.A terceira,talvez essa minha,parece, a meu pulsar,a mais espinhosa,embora seja extremamente decisiva.Nesse último processo,as dúvidas e incertezas são a principal causa para a tristeza fazer novamente moradia nos corações e mentes.Pelo menos,na minha cuca e coração os questionamentos que pairam são diversos,mas os que mais me desesperam pela gravidade e profundidade são : Será que amar é mesmo tudo?Será mesmo que amar vale a pena?E se doer mais do que trouxer satisfação?E se o relacionamento findar e o amor permanecer?E se ninguém nunca puder ser como eu pensei que um dia pudesse?
    Sei que escrevendo assim pareço ser a pessoa mais exigente e egoísta do mundo,querendo que as pessoas se moldem para satisfazer a mim,de forma exclusiva,mas não é assim que funciono.Querer justiça e lealdade das pessoaas é algo muito comum e deve ser visto como uma necessidade quase que fisiológica!Pelo menos que é fiel,leal e coerente sente essa precisão gritante e estupidamente grande de que as pessoas,assim como você,só façam coisas que você entenda,que funcionem com um pouco mais de coerência,coesão,intencionalidade e tudo o que a linguagem tem a oferecer como forma de expressão.
    Depois de tantos questionamentos perturbarem  o juízo de quem se dá o desprazer de amar,e pior,de pensar sobre relacionamentos,amores,traições e incompatibilidades diversas,uma dúvida maior e soberana me vem a cabeça nesse momento: Até agora,sinto que passei pela primeira,segunda e terceira fases de "amor", mas será que essa última,a dos questionamentos e perturbações me permitirá chegar a uma quarta fase e será que essa pode existir pra alguém?A fase da certeza,da lealdade recíproca e total,da valorização real das faculdades morais de se um ser humano que tem em sí sentimentos nobres e que deveriam,acima de tudo,ser respeitados...aiai,há quem diga que jornalistas sonham em mudar o mundo,mas será que preciso ser desse ramo pra alimentar a esperança de um mundo um pouco menos incoerente?Retomando um outro texto meu,o qual nunca pensei que fosse re-dizer alguns trechos seus,sou forçada a citar "A solução é fechar os olhos."

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O que me importa
Seu carinho agora
Se é muito tarde
Para amar você...


O que me importa
Se você me adora
Se já não há razão
Prá lhe querer...


O que me importa
Ver você sofrer assim
Se quando eu lhe quis
Você nem mesmo soube dar
Amor!...


O que me importa
Ver você chorando
Se tantas vezes
Eu chorei também...


O que me importa
Sua voz chamando
Se prá você jamais
Eu fui alguém...

O que me importa
Essa tristeza em seu olhar
Se o meu olhar tem mais
Tristezas prá chorar
Que o seu!...

O que me importa
Ver você tão triste
Se triste fui
E você nem ligou...

O que me importa
Seu carinho agora
Se para mim
A vida terminou
Terminou!

O "Hoje estou assim" de hoje tem muito a vê com sentimentos que tive antes,antes de alguns ciclos na minha vida se renovarem.O trecho desse dia 23 de Janeiro,vem da música "O que me importa" da cantora consagrada Marisa Monte,sei que parece uma canção triste e recheada de nostalgia,mas não é assim que vejo,venho aqui postar a letra dessa composição pra que eu mesma me recorde de como já me senti um dia e como é prazeiroso não mais me sentir assim.

Um bom dia!

sábado, 21 de janeiro de 2012

Continuando o  quadro "Hoje estou assim",hoje quero postar um trecho muito particular e original e que se encaixa muito bem em como me sinto nesse 21 de Janeiro.


"Não alimento amor por telefone, isso é ilusão
Não adianta falar de amor ao telefone, isso é ilusão
Pra que tanto telefonema se o homem inventou o avião
Pra você chegar mais rápido ao meu coração
Não alimento amor por telefone, isso é ilusão
Não adianta falar de amor ao telefone, isso é ilusão

A fome de amar é real, não se traduz em fios
Meu ouvido não ama, apenas ouve os seus reclames

Vou desligar, não me ligue mais
A obrigação da tua voz é estar aqui
Vou desligar, não me ligue mais
A obrigação da tua voz é estar aqui..."

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

"Eu não vou mudar não,eu vou ficar são.Mesmo se for só ,não vou ceder,Deus vai dar aval sim,o mal vai ter fim e no final assim calado,eu sei que vou ser coroado rei de mim."


(Los Hermanos)




Esse trecho do Los Hermanos dá início hoje ao novo quadro do Raiscrevendo "Hoje estou assim".