segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Improviso necessário.


    Hoje andei afim de escrever algo sem protocolo,sem tantos rodeios,algo mais objetivo e ao mesmo tempo extremamente sentimental.É importante que saibam que escrevo isto ao som de Adriana Calcanhoto,sendo mais específica,ao som da música "metade",música essa que expressa tudo o que eu sinto agora e que eu,por ter sido pega por sentimentos tão confusos e tão gigantescos,não consigo traduzir em palavras o que anda se passando comigo.Antigamente eu tinha a mania de afirmar que me  sentia diferente dos "outros".Não que hoje eu me sinta igual,permaneço fazendo a mesma afirmação,só que agora com um tom um pouco diferente do antigo.Costumava dizer que me sentia diferente em tom de superioridade,em tom de vaidade,de orgulho.Hoje esse tom mudou,digo que me sinto diferente do mesmo jeito que dizia antes,só que em tom de apelo,em tom de súplica,em tom de procura por alguém um pouco mais parecido comigo e que,antes de tudo,entenda e fale minha língua.É muito complicado para mim,e para aqueles parecidos comigo( se existir alguém que se pareça comigo) conviver num mundo que foge totalmente das minhas vontades,das minhas prioridades,dos meus princípios,de tudo que eu quero pra mim.É estranho como as vezes me pego pensando,viajando...quando em minha volta estão pessoas rindo,comendo,conversando sobre coisas comuns: festas,bares,perfumes,viagens.E eu alí,estática,a pensar no quanto eu me sinto "um peixe fora d'água"em meio às todas as outras pessoas.Enfatizo  "todas as outras" para que percebam que eu me encontro só nesse mundo "utópico"(como muitos dizem) e que não é nada fácil gostar de coisas que poucos gostam,falar coisas que alguns falam,e pensar coisas que nenhum pensa.Através não só desse artigo,mas também da música que escuto nesse exato momento,posso me sentir mais aliviada com todas essas minhas peculiaridades,não que o blog e que a música tenham resolvido todos esses meus "problemas",mas me ajudam e muito a expor tudo que tenho dentro de mim ao mundo,e,francamente...não há nada que me traga mais alívio do que isso.

    Esse foi um post totalmente informal,sem rascunhos,sem correções,e que não saiu da minha mente,nem do meu coração,acredito que tenha brotado de uma profunda atmosfera da minha alma.

Vou postar a música aqui no blog para que ela lhes façam me entender melhor.Beijos a todos!


 Metade

Eu perco o chão, eu não acho as palavras
Eu ando tão triste, eu ando pela sala
Eu perco a hora, eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim


Eu perco as chaves de casa
Eu perco o freio
Estou em milhares de cacos, eu estou ao meio

Onde será que você está agora?

Eu perco as chaves de casa
Eu perco o freio
Estou em milhares de cacos, eu estou ao meio

Onde será que você está agora?




3 comentários:

  1. Nossa, Raissa, você sabia que, às vezes, eu também me sinto assim???
    Tenho a impressão, em alguns instantes de minha vida, que ninguém me entende. Já tentei e tento sempre me encaixar no mundo das pessoas comuns, mas sempre falta algo em mim para que eu possa viver como elas.
    Não acho nenhum amigo, amiga, colega que seja parecido comigo. Sempre existe uma diferença básica entre eu e eles/elas.
    Sei lá, mas "estou em milhares de cacos, eu estou ao meio."
    Belo texto!
    Parabéns!

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  2. Raaaaaaaaissa
    Que post lindooooooooo *-*
    Acho que muitas pessoas,em algum momento da vida,já sentiram-se "um peixe fora da agua" e se lerem esse post,vão se identificar e muito!
    Já me senti assim,inúmeras vezes rsrs
    Acho que esse elo,faz com que as pessoas que nada são parecidas,tornem-se semelhantes de alguma forma!
    Você tá de parabéns!!
    Orgulhoo de ser sua fã >.<
    Beijo flor

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