terça-feira, 29 de maio de 2012

Hoje, quero falar sobre um assunto um tanto quando "polêmico", apesar de não gostar muito dessa denominação para temas que mexem com as pessoas.
A bola da vez é alienção religiosa e o quanto tudo e tantas pessoas podem mudar e mudam pelo advento do que chamamos de "lavagem cerebral", dessa vez empreendida pelas instituições religiosas e quem as lidera.
Num dado momento do dia de hoje, num diálogo amistoso e cotidiano sobre música e seus mais diversos tipos e estilos, ouví alguém dizer a seguinte frase: "não gosto dessas músicas do mundo, de nenhuma delas. A única música que me agrada aos ouvidos é a de gênero gospel e mais, apenas aquela referente e pertencente à minha igreja.". Ouvi a anterior afirmação e calada permaneci, acredito ter passado da "fase" em que adorava discutir temas desse calibre e desafiar as pessoas a argumentarem mais e mais, e eu ali, exercitando meus dotes argumentativos com avidez e máximo entusiasmo, sentia imensurável satisfação ao presenciar a desistência do oposto depoente. Atualmente, essa realidade mudou; ressalto que a mudança foi apenas no âmbito real e, portanto, externo; dentro de mim a compulsão pela arte argumentativa só cresce e fica pulsando para desabrochar cada vez mais, mas decidi usar meu sempre presente gosto pela oratória apenas onde vejo que ele se encaixar sem maiores rebuliços.
O objetivo desse meu post de agora não é falar da minha propensão à oralidade, da vontade de argumentação que, por vezes e em determinadas ocasiões preciso conter dentro do meu ser...não!
Preciso que atentem para a seguinte problemática: a religião deve ser caminho, atalho ao Criador; nunca,jamais forma de alienação, instrumento capaz de fechar mentes e em alguns casos,até corações no que se refere ao preconceito religioso.Ter religião e seguir fielmente esta mesma deve nos fazer crescer espiritual, sentimental e porque não intelectualmente?
Quando crença religiosa resulta em diminuição do senso de conveniênciaa e até o senso dos próprias preferências, sejam essas quanto à música, moda e ciências, é a hora de parar e repensar. Se a religião não for colocada em reflexão, que a posição do indivíduo quanto à ela, em algum momento, possa vir a ser.
Não sei se minha opinião quanto ao assunto concorda com muitas outras , mas entendo religião como caminho saudável, como coisa boa, produtiva, somatória e não algo que diminua alguém ou modifique a personalidade desse mesmo alguém. Uma determinada vez disse a uma pessoa  a frase seguinte meio que de forma intuitiva, sem muito pensar: "Você é aquilo que adota como  preferência." Pensando bem vejo que acabei por dizer uma verdade daquelas que chamamos de absoluta; nossas preferências e gostos fazem o ser que somos e constroem nossa personalidade de maneira definitiva.
Deus é mais importante do que tudo, essa é mais uma verdade absoluta que aqui venho colocar, mas pra terminar, os deixo mais uma outra : Nada pode nos fazer desistir dos nossos gostos e preferências porque eles fazem quem somos e são o reflexo das nossas mais profundas decisões.

terça-feira, 22 de maio de 2012

"Eu me vi tão só..."

    Hoje, quero falar sobre uma música que andei ouvindo por diversas vezes e que a letra e melodia pareceram se encaixar perfeitamente. Não é pra menos, a música tem o nome de "Eu me vi tão só" e pertence a  ninguém mais, ninguém menos do que a nosso rei Roberto Carlos.
    A solidão é realmente um dos maiores males que podem ser enfrentados por nós,humanos. Primeiro porque novas doenças, correria e stress são problemas cotidianos e "da moda", como diria um grande professor meu.A solidão não, essa é um mal pertinente à todos e que existe desde que o mundo é mundo e desde que o homem assim o é.
    Engraçado que a solidão, como problema arrebatador não tem uma resolução de fácil controle e acesso.Estar só é realmente um mal- estar difícil de ser resolvido; por vezes pode-se estar rodeado de pessoas de conversa animada e alegria farta, e o sentimento de vazio permanece ali, resistente. Entendo esse paradoxo como o princípio ativo da solidão, o qual só é capaz de resolver a sensação de estar só tendo ao lado a pessoa a que se quer compartilhar a vida. É uma espécie de existência paralela da solidão, como se a mesma tivesse vontade e fizesse exigências próprias, sem consentimento de quem a abriga dentro de si.
    Assim como sentir dor, sentir-se só não é nada agradável e em represália, pode-se querer parecer bem aos olhos do mundo, mesmo sentindo um oco desesperador arrebatar nossas vidas. A persistência em viver do passado e das lembranças dessa época também é característica pertinente à quem se diz "solitário", com a ressalva de que cada um de nós já se sentiu só por algum tempo e se ainda não o fez, a solidão há de chegar algum dia.
    Interessante é que a solidão se confirma à todo momento, sendo ela também auxiliadora primeira no papel de suportar o próprio sentimento de estar só, num trecho da música do Mestre, confirmamos essa afirmação :"eu me vi tão só, enfrentando momentos difíceis de solidão." Nesse caso e em diversos outros do âmbito real da vida e não mais no meramente poético, até para enfrentar a temível solidão, inúmeras pessoas encontram-se sós e a sós com ela.
    Ficar sozinhos ( interiormente) também pode nos fazer bem em dadas situações,mas quando o tempo de isolamente interno ultrapassa os limites do nosso bem- estar o desespero parece bater-nos à porta e derramar lágrimas é ato invevitável.
    O aspecto temporal da solidão também chama a atenção. Quando se estar acompanhado e essa companhia consegue nos adentrar e penetrar verdadeiramente no nosso ser, nos deixando completos e repletos de satisfação, o tempo passa muito rapidamente. Dividir momentos de solidão consigo mesmo é algo tão particular e não condizente com nossa condição humana que, ficar só por horas parece mesmo "viver só", como diz a canção : "...e vivi tão só, procurando no tempo uma solução."
    Para encerrar, chega a doer quando o rei canta.."para esquecer de você, vou tentar outra vez a paz de um novo amor que eu preciso ter,continuo só,mesmo sem querer."


Roberto Carlos-Eu me vi tão só

Eu me vi tão só
Enfrentando momentos difíceis de solidão
Sem ninguém pra me ouvir, e vivi tão só
Das lembranças contidas no meu coração
Sem saber pra onde ir e assim eu chorei
Pois tudo que eu te dei você não entendeu
Continuo só mesmo sem querer
Continuo só tentando te esquecer, te esquecer

Eu me vi tão só
E tentei esconder minha solidão
Mas eu não consegui e vivi tão só
Procurando no tempo uma solução

Pra esquecer de você vou tentar outra vez
A paz de um novo amor que eu preciso ter
Continuo só mesmo sem querer
Continuo só tentando te esquecer, te esquecer

Continuo só mesmo sem querer
Continuo só tentando te esquecer, te esquecer
Continuo só mesmo sem querer
Continuo só tentando te esquecer, te esquecer